Ars Amandi

De BCSWiki

INTRODUÇÃO[editar | editar código-fonte]

Existe um termo bastante utilizado nos debates sobre LARP quando se quer referenciar aquilo que é “real” no imaginário dos jogadores, o termo é Diegese.

Um jogador vestido de caçador de bruxas – neste caso não importa o quão bem ele está trajado – não é verdadeiramente um caçador de bruxas, mas dentro do imaginário da cena ele é. O personagem é diegético, o jogador fantasiado não é diegético.

Outro exemplo está em nossos equipamentos acolchoados. Eles são nitidamente não diegéticos, pois não são reais, são réplicas que foram criadas para simular algo que se torna diegético quando as atividades começam. E até o momento, estas réplicas funcionam muito bem.

Com este raciocínio, é comum usar objetos ou métodos não diegéticos durante os LARPs, simulando situações que não seriam possíveis se fossem usados objetos ou ações reais. Mas o foco destas simulações quase sempre recaem na simulação de violência, magia, debates e conflitos. Será que o LARP não pode abranger simulações de coisas menos agressivas, como paixão por exemplo?

PAIXÃO??? Como assim???

Isso mesmo, e vai além.

Existe um método criado por Emma Wieslander conhecido como Ars Amandi. É tipo um equipamento boffer para amor, paixão, sexo, etc.

Vamos descrever abaixo a versão que a BCS utiliza em seu LARP.

AS PALAVRAS-CHAVE[editar | editar código-fonte]

Durante um LARP, nem sempre é fácil perceber quando um desconforto é real ou encenado. Por isto, quando se utiliza ferramentas que tem como objetivo mexer com o emocional de um jogador, sempre deve-se ater às palavras-chave que o "alvo" verbaliza de forma a não dar chance deste desconforto ser real.

CHEGA![editar | editar código-fonte]

A primeira palavra-chave, e mais óbvia, é o imperativo CHEGA!.

Se um jogador durante a cena utilizar este imperativo enquanto se afasta ou demonstra desejo de se afastar, o outro jogador deve imediatamente cessar suas investidas e atuar como se tivesse sido derrotado na sua tentativa, deixando de fazer qualquer outra tentativa na mesma personagem até o fim da cena.

Ambos lados devem utilizar deste recurso de forma mais encenada (em ON) possível.

MANTENHA...[editar | editar código-fonte]

Quando um dos personagens estiver se sentindo confortável durante um ato, mas desejar que não vá além daquilo que está já acontecendo, ele pode utilizar a palavra-chave Mantenha... iniciando uma frase ou contexto, indicando para o personagem que está interagindo com ele para não avançar mais, ficando no nível onde está.

Ambos lados devem utilizar deste recurso de forma mais encenada (em ON) possível.

PROSSIGA...[editar | editar código-fonte]

Por fim, mas não menos importante, quando um jogador perceber que seu contraparte está preocupado se está invadindo espaço demais, mas o nível que se encontra é totalmente confortável e você acredita que ele pode ir em frente (ou "pegar mais pesado" a depender do contexto), poderá utilizar a palavra-chave Prossiga... iniciando uma frase ou contexto.

Ambos lados devem utilizar deste recurso de forma mais encenada (em ON) possível.

TOQUE[editar | editar código-fonte]

Tocar um outro jogador segue sempre as seguintes regras:

  • Nenhuma forma de toque físico deve machucar ou causar qualquer escoriação a outro jogador;
  • As palavras-chave também afetam uso de toque;
  • Simular carícia, beijo e afago deve ser feita utilizando-se as mãos com as seguintes regiões alheias permitidas:
    • Mãos, para níveis de interação leve;
    • Antebraço e braço, para níveis de interação mediana;
    • Ombro e pescoço, para níveis de interação avançada;