A Seita da Luz Celeste (05/2016)

De BCSWiki
Símbolo da Seita da Luz Celeste

Estão comentando por toda Mirantes! Monstros, mortos, sombras! Não se fala em outra coisas nas ruas ou mesmo nos imponentes palácios da maior cidade do mundo.

Tá, eu nunca saí de Mirantes, mas é o que os viajantes dizem. Mas acho que isto não importa. Apesar da grandiosidade da Cidade Branca, ela parece pequena demais para aqueles que são diferentes de nós: humanos.

Eu cresci filho de artesão. Construtor de barcos. Nunca naveguei em nenhum, na verdade meio que morro de medo de ficar em alto mar, mas minha família se sustenta com essa profissão há gerações, o mínimo que poderia fazer é continuar trazendo comida e abrigo ao meu lar. Já segurança eu trago com minha habilidade com a espada que aprendi com meu tio. Ele não era muito bom soldado, mas pelo menos era dedicado e foi o suficiente para mim.

E então teve essa história de grupos que queriam purificar o mundo. Morte a todos os monstros! Fazia até sentido, quando vi um bebê "meio-urso" ser degolado pelo seu próprio pai.

Não fazia sentido. Pessoas podem ser más sem precisar terem o tal sangue impuro. Eu lembro de um colega metamorfo que tinha asas de águia e uma cara horrenda, mas olhos fantásticos e uma dedicação sem igual em cuidar dos barcos que ainda não estavam prontos.

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E então teve essa coisa de espancar uma metamorfa em meio a praça pública, ouvir seus ossos quebrando e estalando enquanto ela tentava se manter de pé. Um discurso de purificação e libertação do mundo dos monstros. Muitos conhecidos meus aplaudindo, dando gritos de apoio. Um senhor em robe cinza sendo contrário aquela atrocidade, UM!!!

Ninguém tinha coragem de parar aquela aberração. Ela foi queimada viva. Ainda ouço seus gritos de desespero.

Fui até o rapaz, e isso me conduziu até uma reunião... e essa reunião era uma armadilha que me conduziu até a arena da própria seita que queimou a metamorfa.

"Querem tanto proteger os monstros. Lidem com eles!" disse o líder da seita lá no alto da arena enquanto um morto vivo caminhava em nossa direção.

Ele era lento, éramos em três. Mas ele não morria. E a cada um que caía, era mais um morto vivo caminhando. Lutei até a exaustão. Ajudei meu amigo a subir o muro da arena para tentar a sorte contra os cultistas, mas o mataram.

E eu estou sozinho aqui, já sem forças e os mortos vindo em minha direção.

Não me arrependo. Eles estão errados.

Eu sei que a fé pode ajudar a atravessar desertos, mas ela também tem a força de cegar a mente com a mesma intensidade.

Desculpe pai, não poderei mais ajudar a cuidar e proteger nossa família...